Técnico-administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Chapecó realizaram, na terça-feira (15), mais uma ação contra o valor da refeição praticado no Restaurante Universitário (RU), R$ 13,40. Cerca de 50 técnicos se reuniram nas proximidades do RU e almoçaram marmitas: foi o segundo MarmiTAEs.
Longe de outras opções de restaurantes – o Campus fica na SC-484, km 2, entre Chapecó e Guatambu – os técnicos têm três opções para as refeições: comer no RU pagando um valor incompatível com a alimentação oferecida, ir até um restaurante no bairro Efapi gastando com combustível ou transporte público, ou ainda levar a própria refeição e utilizar a pequena copa oferecida aos servidores.
Além de mostrar a indignação em faixas, os técnicos fizeram um abaixo-assinado, referendado inclusive por muitos estudantes. Estes pagam R$ 2,50 por refeição, mas cujo valor é subsidiado: os outros R$ 10,90 são pagos pela instituição.
As Instituições Federais de Ensino Superior geralmente possuem RUs. Tradicionalmente os valores cobrados pelas refeições aos servidores são considerados acessíveis – por exemplo, UFSC: R$ 2,90; UFPR: R$ 3,50; e UFSM: R$ 2,50.
Para uma das coordenadoras do sindicato que representa a categoria, o SINDTAE, Dariane Carlesso, a administração da universidade precisa rever o valor praticado. "Estamos em uma universidade que nasceu da luta de trabalhadores, que carrega o slogan de 'popular'. A UFFS é uma instituição que visa um perfil diferenciado na sua formação e que nos seus ideais almeja superar a atual matriz econômica". Dariane lembra que a instituição investiu milhões de reais em um restaurante universitário e, para a servidora, hoje se rende a uma tabela de preço praticada no viés do lucro, contradizendo seus princípios. "Nossa categoria reivindica um valor condizente com o produto ofertado, por isso hoje chamamos a comunidade acadêmica para uma discussão mais ampliada sobre o assunto", finaliza.
