quinta-feira, 30 de setembro de 2021

REGISTRO DO PONTO? AH, MUDA AÍ PARA AMANHÃ….

  A categoria dos TAEs na UFFS tem sido historicamente relegada a uma função de “cumpra-se” nessa instituição. Nos parece que muitos esquecem que somos servidores públicos, e atuamos em uma Universidade Federal. Afinal, diz um texto promulgado em 1988 que: 

“Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, ADMINISTRATIVA e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.”

Temos então em questões de registro de frequência de SERVIDORES, quando é para a categoria dos técnicos administrativos em educação, a gestão parece esquecer de alguns princípios que estiveram no escopo de criação da UFFS. 

Senão vejamos: o atual sistema (sim, atual em 30/09/2021) foi imposto pela gestão anterior apesar de toda a resistência da categoria e o chamamento ao debate para ajustar os problemas que esse sistema do “Secullum 4” tem, para os quais alertamos na época e que a realidade confirmou existirem. Mas ele veio para nos adestrar a colocar o dedinho lá toda vez. O professor que responde pela reitoria à época da implementação era Pró-Reitor de Gestão de Pessoas. A ele perguntamos: o registro biométrico não é mais uma obrigação intransponível da qual a UFFS não pode se furtar? Tomaram conhecimento hoje pela manhã? 

Como excelentíssimo, claro e gritante exemplo de “gestão por competência” ou “gestão técnica”, a PROGESP às 11h15min do dia 30 de setembro de 2021 manda um e-mail para os mais de 700 servidores TAEs avisando que no dia 1 de outubro de 2021 (também conhecido como “amanhã”), o sistema será modificado completamente para outro. 

Não vamos entrar nos méritos sobre qual sistema é melhor, afinal estamos diante de um sistema caro e que nunca atendeu os interesses institucionais e outro completo desconhecido da imensa maioria dos trabalhadores Mas nos questionamos sobre alguns pontos ao menos: 

    Como fica todo o investimento orçamentário, todo aquele dinheiro gasto pela UFFS para impor à força o sistema do século 4? O que serão de todos aqueles equipamentos, daquelas horas gastas em correção de sistemas? Esse dinheiro pode ser considerado jogado fora? Não sabemos! E não sabemos porque a gestão não dá transparência às discussões que afetam a nossa vida funcional, tampouco conhecimento dos procedimentos em tempo hábil para serem compreendidos e implementados. 

Não sabemos detalhes específicos tais como: 

Nosso expediente será contado somente após esperar o computador  ligar, acessar a rede, acessar o sistema para então registrar o horário na entrada? 

Poderão os equipamentos serem mantidos ligados entre intervalos e turnos de trabalho, conforme preconizam as medidas de economia de energia, ou teremos que financiar a economia institucional com nosso tempo de vida não remunerado?

A gestão que propagandeia preocupação com nossa qualidade de vida nos imporá o registro novo sem compreensão e sem período de testes?

Os servidores responsáveis pela implementação concordam com esse procedimento ou também são vítimas dos processos impostos de maneira inadequada?

Serão eles os responsabilizados pelos problemas que poderiam ter sido evitados por quem tem poder de decisão?

Precisamos de um novo sistema? Considerando que sempre fomos críticos ao atual poderíamos até concordar com essa premissa… Mas de um dia para o outro? 

Ahhh, podem dizer que foram publicadas a portaria e o manual que orientam. E O CONHECIMENTO DISSO NOS É DADO DE UM DIA PARA O SEGUINTE?

Esse é o ponto. 

TAEs na UFFS, ignorados (mais) uma vez em regulamentações e procedimentos que afetam diretamente as suas vidas e atividades funcionais. 

Gestão por competência e qualidade técnica dos gestores? Acreditamos que temos uma leitura bem diferente sobre como isso tem sido exercido na UFFS, principalmente pela gestão não eleita. Aliás, a gestão não eleita é exemplar. Será lembrada por muitos e muitos anos na UFFS, ao menos quanto a isso devemos reconhecer suas “contribuições”. 

Enfim, que fique claro: É A GESTÃO que está gerando dano para a UFFS e insegurança na categoria. 

O SINDTAE irá se debruçar sobre o tema para melhor entender os mecanismos e as implicações do novo sistema, e encaminhará as medidas necessárias para garantir que a categoria não seja prejudicada para além do que já está causado pela gestão(?).

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

PM de SC impede manifestação de servidores contra a Reforma Administrativa em Florianópolis

 A Polícia Militar de Santa Catarina impediu, na manhã desta quinta-feira, 16 de setembro, que servidores públicos se manifestassem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, a chamada “Reforma Administrativa” do governo federal, em Florianópolis, capital do estado. Um grupo de servidores se preparava para estender uma enorme faixa na ponte Hercílio Luz quando policiais militares chegaram e bloquearam a passagem.


Os servidores públicos, acompanhados de dirigentes de sindicatos de trabalhadores de Santa Catarina, tentaram dialogar com os policiais responsáveis pelo bloqueio, mas sem sucesso. A mensagem da faixa era sobre a luta contra a PEC 32: “Os sindicatos de trabalhadores de Santa Catarina estão defendendo a tua vida! Não à Reforma Administrativa”. Outras ações como esta já haviam sido realizadas na ponte Hercílio Luz, sem a intervenção da polícia. Na manhã desta quinta, mais de 20 policiais fortemente armados foram deslocados até a ponte para impedir a manifestação dos servidores.

A colocação da faixa não impediria nem atrapalharia o tráfego de pedestres na ponte. O objetivo era chamar a atenção da população para o perigo da Reforma Administrativa, “um projeto que vai estraçalhar o Estado brasileiro”, segundo o Fórum dos Servidores Públicos de Santa Catarina, que, junto a mais de 25 sindicatos, organizou a colocação da faixa. O Fórum e os sindicatos estão mobilizados contra a PEC 32, que está para ser votada no Congresso Nacional. Para dialogar com os deputados e fazer pressão contra o projeto, diversos dirigentes de sindicatos catarinenses estão em Brasília nesta semana.


Campanha inédita em Santa Catarina

Além da ação na ponte Hercílio Luz e da ida a Brasília, o Fórum dos Servidores Públicos de Santa Catarina, junto a sindicatos de servidores das esferas municipais, estadual e federal, juntaram esforços e recursos em uma campanha de mídia inédita contra a Reforma Administrativa, com mensagens divulgadas em rádios, carros de som e panfletagem em 14 cidades de Santa Catarina, em inserções em 50 rádios comunitárias e em textos e ilustrações nas redes sociais. As entidades do Fórum também já fizeram campanha de outdoors para pressionar os parlamentares catarinenses a votarem contra a PEC 32 e organizaram dezenas de reuniões e atos na rua em várias ocasiões desde o início do ano, intensificando as ações em setembro, mês decisivo para os servidores e toda a população.




“A tal reforma acaba com os concursos públicos e traz de volta o ‘cabide de empregos’, que beneficia quem é amigo da autoridade no poder. Os servidores atuais poderão ter jornada de trabalho e salário reduzidos em até 25%. Os novos, se conseguirem fazer algum concurso, vão receber menos pelo mesmo trabalho feito hoje. Conquistas históricas, como a redução de jornada, serão eliminadas de um dia para outro. A dita reforma também abre as portas para as empresas tomarem conta do que hoje é serviço público pela via das terceirizações. Isso significa que ela não pega apenas os servidores públicos. Toda a população, especialmente a mais empobrecida, ficará ainda mais desassistida. Essa ‘reforma’ é morte”, diz o Fórum dos Servidores Públicos de Santa Catarina em artigo divulgado nesta semana.