quinta-feira, 30 de abril de 2020

NOTA DE REPÚDIO À NOMEAÇÃO DE INTERVENTOR PARA REITORIA DO IFSC

NOTA DE REPÚDIO À NOMEAÇÃO DE
INTERVENTOR PARA REITORIA DO IFSC

A Executiva do Sindicato dos Trabalhadores(as) Técnico-Administrativos em Educação de Universidades Federais nas cidades de Chapecó, Estado de Santa Catarina, Cerro Largo, Erechim e Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul, Laranjeiras do Sul e Realeza, Estado do Paraná (SINDTAE), em nome da categoria profissional que representa, vem a público manifestar seu REPÚDIO ao desrespeito para com a comunidade acadêmica do Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC, a qual escolheu democraticamente um programa de gestão para os próximos quatro anos, e, por conseguinte, repudiamos mais esse ataque explícito à democracia e ao princípio da autonomia universitária.
Destacamos que esse repúdio à nomeação de quem NÃO FOI ELEITO é sentimento permanente na categoria dos TAEs da UFFS desde a data de 30 de agosto de 2019, quando nossa instituição sofreu ataque semelhante com a nomeação do terceiro colocado em lista tríplice.
A não nomeação do professor Maurício Gariba Júnior, primeiro colocado nas eleições realizadas em 5 de dezembro de 2019, sem sequer uma justificativa mínima para tal, caminha na esteira de ações do atual governo federal, de intervenção em órgãos como a Polícia Federal, o IBAMA, a Procuradoria Geral da União, e tantos outros, e é outro ataque explícito com vistas a desestabilizar as universidades e institutos federais, espaços historicamente consolidados como patrimônios da sociedade brasileira. São lugares da ciência, da tecnologia, da profissionalização, promotores da formação e emancipação, principalmente da juventude brasileira e, por isso, tem sofrido tantos ataques.
Ao menos percebemos que no IFSC o nome indicado como interventor teve a hombridade de recusar a nomeação, pois nas palavras dele à Folha de S.Paulo: “O ministério precisa justificar muito bem o motivo de o processo eleitoral não ter sido aceito. Depois a comunidade vai analisar e verificar se considera os motivos coerentes ou não. Sem justificativa, a reação vai ser contrária e isso é correto.. Afinal, a instituição promoveu um processo democrático e dentro da legalidade”, disse Lucas Dominguini, que é diretor do campus de Criciúma.
Devemos ressaltar que é preocupante a recorrência de nomeações do MEC que não acataram a decisão das instituições de ensino, tal como a ocorrida na sexta (17/4/20), em que o MEC também nomeou um reitor temporário para o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), desconsiderando a democracia mais uma vez.
Continuamos na luta, sempre! Por uma educação pública livre de interventores! Por uma UFFS gerida com base em princípios democráticos! Por uma sociedade justa!

Chapecó/Cerro Largo/Erechim/Passo Fundo/Laranjeiras do Sul/Realeza, 30 de abril de 2020.
Executiva do SINDTAE