quinta-feira, 23 de março de 2017

Relato da Plenária da FASUBRA Sindical pelo Delegado do SINDTAE

Companheiros e Companheiras, como todos sabem, houve Plenária da FASUBRA nos dias 17, 18 e 19 de março (sexta-feira a domingo), no Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB), e o SINDTAE enviou apenas um delegado, por inúmeros motivos, dentre deles, as limitações financeiras que ainda enfrentamos devido às dificuldades em conseguir o desconto em folha das mensalidades dos sindicalizados.

Em Assembleia, foi eleito como Delegado para representar o SINDTAE nesta plenária, o Coordenador Geral Giuliano Kluch, que teve autonomia para avaliar as pautas lá postas e tomar a decisão de acordo com sua consciência, em grande medida, devido à ausência de tempo, e muitas vezes, de informações para tais decisões serem tomadas na base e serem levadas após posicionamento em votação.

No primeiro dia de Plenária, foram feitos os informes de base, ocasião na qual o delegado falou sobre as dificuldades financeiras, informou que esta foi a primeira vez em que o SINDTAE manda delegado com direito a Voz e Voto, destacou a assinatura do acordo de greve com reposição do trabalho represado, que esta foi uma importante vitória da categoria, que o ponto eletrônico está em vias de ser instalado na UFFS de maneira autoritária, que o SINDTAE enviou representantes às paralisações do dia 15, apensar de não ter tempo hábil para formalização de uma paralisação, da ação judicial do vale transporte e, por fim, informando que o SINDTAE atualmente está com 216 filiados, sendo 86 de Nível E.

Após os informes de base, já na parte da tarde, foi realizado um Seminário sobre a Reforma da Previdência com palestrantes Maria Lúcia Fatorelli, Maria Inez Resende Maranhão e Marcos Verlaine, ficando evidente o desmonte da Previdência Social, que atacará em especial a camada mais pobre da população e os trabalhadores rurais.

No segundo dia, iniciou-se o debate de conjuntura, com aproximadamente 140 inscrições para falas de 5 minutos, destacando-se a necessidade de se fazer um calendário de lutas e, como ponto polêmico, a decisão da data do próximo CONFASUBRA, que deveria a princípio acontecer no mês de maio de 2017. O debate centralizou-se na necessidade do adiamento, devido às condições financeiras em que a FASUBRA se encontra, em especial, por despesas no ano passado que não estavam previstas, como a urgente reforma do telhado da casa que serve como sede, bem como, a alocação dos funcionários em um local com melhores condições de trabalho, a quebra da consignação das contribuições a algumas entidades durante a greve, pagamento de ações judiciais e despesas com ressarcimento de empresas devido ao prejuízo com a queima de banheiros químicos que tinham sido disponibilizados pela FASUBRA nas manifestações contra a PEC 241/55. Outro argumento, também colocado para o adiamento, era a condição financeira das entidades de base, pelo que muitos sindicatos estão em condição financeira precária, devido aos grandes gastos, nas lutas contra a PEC 241/55, que consumiram um grande quantitativo de recursos, e para que o congresso seja participativo e assim ampliando a democracia, para isto deveria ser adiado, tendo como novas proposições:

  1. Realizar ainda em 2017 (novembro ou dezembro)
  2. Realizar em 2018 (maio)

As discussões foram bem acirradas. Parte da plenária tinha como premissa que deveríamos neste momento focar todas as forças nas ações para barrar a reforma/desmonte da Previdência, bem como a reforma trabalhista e a lei da terceirização, e que a realização do CONFASUBRA ainda em 2017 poderia promover um esvaziamento do congresso, devido aos gastos nas mobilizações deste ano que são necessárias ou até o esvaziamento da luta contra tais reformas. De forma a garantir a representação no congresso, vários delegados destacaram que seus sindicatos teriam dificuldades em realizar as lutas necessárias neste momento e também mandar delegados para o congresso. Por outro lado, havia um argumento de que seria sim possível viabilizar tanto a luta quanto o CONFASUBRA.

Dentro dos argumentos apresentados, o Delegado do SINDTAE optou por votar na proposta 2, por estar convencido de que é necessário construir um calendário forte de lutas, e de fato focar na luta para barrar os ataques à classe trabalhadora, apesar de destacar que o ideal seria não adiar o congresso, porém não havia possibilidade desta opção, em especial pelo destacado acima.

A votação se deu, com vitória da proposta 1 e, em segunda votação, ficou decidido que o congresso será em novembro de 2017.

Após esta decisão, passou-se a apreciar o calendário de lutas, sendo aprovada paralisação dia 28/03 e também nos dias em que a Reforma da Previdência será votada em plenário (dias ainda não marcados) e, ainda, mobilizações nos dias de votação dos outros projetos que atacam a classe trabalhadora, como: reforma trabalhista, e o indicativo de seguirmos também o calendário de lutas das centrais sindicais como CUT, CTB e CSP Conlutas, em busca de uma Greve Geral Unificada contra tais ataques.

Por fim, deu-se a apreciação com aprovação de moções de apoio às entidades e companheiros que vêm sofrendo perseguições e ataques, bem como, moção de repúdio à justiça que vem sendo seletiva em algumas ações.

Sem mais para tratar, se deu o fim da plenária às 16h40min de domingo.

Confira ainda