O primeiro semestre de 2023 é marcado pelo importante processo eleitoral que conduz a sucessão dos cargos de Reitor, vice-reitor e diretores dos campi da UFFS, movimento que contempla várias etapas e findará no decorrer do ano, momento em que o atual reitor não eleito nomeia os Diretores dos campi e a presidência da República nomeia a nova Reitoria. Diante a importância desse processo, do que ele implica no ambiente institucional e ainda, considerando o histórico vivido no processo anterior, a coordenação Executiva do SINDTAE manifesta à categoria e comunidade universitária:
1 - O SINDTAE, na condição de representante de classe e abrangendo todos os trabalhadores e as trabalhadoras da carreira técnico administrativo em educação da UFFS, reafirma que não adota uma posição em favor de um(a) dos(as) pretendentes a qualquer cargo de Gestão da UFFS por presumir que assim colabora com os princípios democráticos que devem pautar toda conduta no processo.
2 - Defendemos e consideramos as manifestações e opções individuais de integrantes da categoria em apoio e colaboração nas campanhas da Chapa com a qual simpatizam e confiam na plataforma de gestão. Defendemos a Liberdade de escolha que tem sentido e coerência com os princípios da vivência democrática.
3 - Os princípios da democracia, que pressupõem a legitimidade e o respeito à escolha da comunidade universitária, devem prevalecer no processo. Essa entidade sindical entende que a base legal vigente não é mais suficiente na atualidade para a construção e o fortalecimento da democracia. A participação a ser vivenciada pela comunidade universitária constitui colaboração com a formação cidadã de todos que integram esta comunidade. O fato de que a legislação não tenha se atualizado para garantir o que se convenciona na definição da autonomia didático-administrativa das universidades não pode ser ignorado, principalmente aqueles que pretendem ocupar funções que requerem uma posição cotidiana de diálogo e decisões colegiadas.
4 - Diante disso a entidade defende e enfatiza a importância de seus associados ou integrantes da categoria quanto a escolha e ao posicionamento de apoio e defesa de candidatura que entendam melhor representar os interesses e da missão da UFFS, na defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, dos princípios democráticos aqui expressos e de compromisso para promoção dos direitos da categoria e as condições de trabalho.
5 - Entendemos que a escolha nesse processo de sucessão impacta primeiro nos interesses coletivos, os quais abrangem atuar na consolidação das decisões tomadas na trajetória da UFFS quanto ao acesso, inclusão e permanência no direito à educação superior da classe trabalhadora. O que pressupõe do(a) postulante capacidade e disponibilidade de diálogo, de voz ativa perante a sociedade para promover a instituição, sua marca e missão, a ser ser feita com segurança e firmeza, e também na defesa da ciência e da educação superior que foram duramente atacadas nos últimos anos.
6 - O mesmo se projeta quanto a uma política que se pauta no diálogo para efetivar e aprimorar direitos e condições de trabalho em consonância com as demandas da categoria e para todos que trabalham na instituição, cuidando do ambiente institucional, das pessoas, da valorização do trabalho e da construção coletiva.
Essa posição da Coordenação do SINDTAE antecede o conteúdo expresso em carta a ser apresentada aos postulantes à Reitoria, a qual representa amplamente a plataforma das necessidades dos trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFFS.
A UFFS é uma instituição cujos desafios e expectativas movimentam o comprometimento e a afetividade dos que se identificam com sua missão. Na trajetória de 13 anos a UFFS tem construído conquistas inovadoras para a realidade da educação superior brasileira, com políticas diferenciadas em relação ao acesso e à inclusão daqueles grupos sociais que foram alijados historicamente das oportunidades ante ao conhecimento científico, a cultura, o desenvolvimento e a cidadania.
A Executiva do SINDTAE, seguindo o compromisso de uma universidade Popular, Plural, progressista, Pública, gratuita e de qualidade, entende ser imprescindível que ocorram avanços também com relação ao fortalecimento da democracia na sua composição da gestão e no trato com as relações e questões trabalhistas, em especial, aos técnicos administrativos, historicamente depreciados nesta instituição e na política pública de ensino superior.
